Apesar de muitos empreendedores conhecerem a relevância do registro de marca desde o início de suas operações, a procrastinação é frequente. O discurso comum é: “Vou registrar depois, agora tenho outras prioridades” ou “Se eu perder a marca, crio outra”. Contudo, essa decisão pode gerar prejuízos imensos, principalmente perder o direito de usar a marca, e, em alguns casos, até comprometer a continuidade do negócio.
Embora o número de registros tenha crescido nos últimos anos no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), muitos ainda subestimam os riscos de perder o direia de usar a marca no mercado. Empresários que deixam para depois o registro muitas vezes não percebem o tamanho do problema até ser tarde demais.
Construir uma identidade reconhecida pelos clientes é fundamental, e qualquer alteração abrupta pode causar prejuízo a conexão com o ativo mais valioso: o cliente. Portanto, é essencial garantir proteção desde cedo para evitar danos futuros.
Agora, imagine a frustração de perder o direito de usar a própria marca simplesmente por não registrá-la no INPI. Esse registro não só assegura o uso exclusivo e legal da marca, como também oferece uma barreira contra o uso indevido por concorrentes e terceiros.
Esse cenário é mais comum do que parece. Para se ter uma ideia, o Sebrae realizou uma pesquisa intitulada “O Registro da Marca nos Pequenos Negócios”, entrevistando 4.002 empresários. Surpreendentemente, apenas 19% afirmaram ter realizado o registro no INPI, e 81% dos pequenos negócios estão vulneráveis a perderem suas marcas.
Logo, proteger a marca não é uma escolha para depois, mas uma prioridade estratégica que pode definir o sucesso ou o fracasso de uma empresa.
Se outra pessoa registrar a marca antes de você, sua empresa será obrigada a parar de utilizá-la. Isso pode exigir a troca do nome, gerando despesas significativas com rebranding e campanhas de reposicionamento.
Após anos investindo para criar uma identidade forte com clientes, fornecedores e parceiros, ter a marca proibida de uso faz com que toda essa construção se perca, prejudicando a confiança e a credibilidade conquistadas.
Se uma marca idêntica ou semelhante já foi registrada por outro empresário, você corre o risco de ser processado por infração. Isso pode resultar em indenizações, multas e, claro, na proibição de continuar usando a marca.
Caso sua empresa queira expandir via licenciamento ou franquias, a ausência de registro será um grande obstáculo. Quem estaria disposto a investir em uma marca que, legalmente, não pertence a você?
Investidores preferem apoiar negócios com ativos protegidos, como marcas registradas. Sem essa proteção, sua empresa pode ser vista como uma aposta arriscada, afastando potenciais parceiros e financiadores.
Como você pôde perceber, perder o direito de uso e exploração da sua marca pode gerar prejuízos significativos e, muitas vezes, irreversíveis – um alto preço a pagar por não registrar esse ativo no INPI.
Embora seja difícil calcular exatamente o custo de uma marca bloqueada, um exercício rápido de estimativa já revela a gravidade do problema. Você não poderá mais usar o nome, a logo ou qualquer outro elemento que identifique a marca vetada.
Isso significa que será necessário desenvolver uma nova identidade para o negócio, incluindo a criação de um novo conceito que reflita como você quer que seu público enxergue sua empresa. Além disso, será preciso elaborar uma nova logo e reformular toda a identidade visual.
A empresa precisará substituir todo material contendo a marca proibida: site, redes sociais, folders, sacolas, cartões de visita, envelopes, adesivos de veículos e até a pintura de espaços físicos.. Sem contar a necessidade de atualizar registros na Junta Comercial e na Receita Federal.
E essas despesas são apenas uma parte do problema. Caso o verdadeiro titular da marca registrada exija reparação, você ainda poderá enfrentar multas e indenizações por uso indevido.
Portanto, vale reforçar: no Brasil, não importa há quanto tempo você utiliza a marca. Se ela não estiver registrada no INPI, ela não pertence a você. O direito é concedido a quem registra primeiro.
Se você está utilizando uma marca sem tê-la registrado no INPI, é fundamental que você resolva essa situação rapidamente antes que seja tarde demais.
Portanto, o primeiro passo consiste em realizar uma pesquisa de anterioridade, garantindo que ninguém tenha solicitado ou registrado essa marca antes de você. Essa verificação é essencial para evitar conflitos futuros e aumentar a chance de sucesso no processo.
Logo após, você deverá preencher o pedido de registro, certificando-se de selecionar corretamente a classe de produtos ou serviços que melhor representa seu negócio. Acompanhar o andamento desse pedido até a decisão final é indispensável para assegurar a proteção da marca e evitar transtornos, como a proibição de seu uso.
Assim, seguir essas etapas é uma forma eficaz de preservar sua empresa e se proteger contra riscos financeiros e legais. Não adiar essa decisão pode ser o diferencial entre manter a continuidade do negócio ou enfrentar prejuízos por perda de identidade no mercado.
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